sexta-feira, 3 de agosto de 2012

Anatel autoriza Oi, TIM e Claro a retomar venda de chips


Ativações de novas linhas poderão ser feitas a partir desta sexta-feira (3).
Planos apresentados pelas empresas ficarão no site da Anatel.




Veja em quais estados as operadoras interromperam a venda de serviços
Claro
Santa Catarina
São Paulo
Sergipe
Oi
Amazonas
Amapá
Mato Grosso do Sul
Rio Grande do Sul
Roraima
TIM
Acre
Alagoas
Bahia
Ceará
Distrito Federal, Espírito Santo
Goiás
Maranhão
Mato Grosso
Minas Gerais
Pará
Paraná
Paraíba
Pernambuco
Piauí
Rio de Janeiro
Rio Grande do Norte
Rondônia
Tocantins
A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) anunciou nesta quinta-feira (2) que as operadoras de telefonia Oi, TIM e Claro foram autorizadas a retomar, a partir desta sexta (3), a venda de chips de celular, que estava suspensa desde o dia 23 de julho.

A punição às três empresas foi anunciada no dia 18 de julho pelo presidente da Anatel, João Rezende, e foi motivada por reclamações feitas por clientes à agência entre janeiro de 2011 e junho deste ano.

O critério adotado pelo órgão foi suspender a venda de chips da operadora com o pior índice de qualidade em cada estado. Para definir qual empresa seria punida e onde, foram considerados os números de reclamações na Anatel, de chamadas não completadas e de interrupções de ligações.

A TIM ficou proibida de ativar novas linhas em 18 estados e no Distrito Federal. Já a Oi foi punida em cinco. A suspensão para a Claro valeu em três estados. A Vivo não foi punida pela Anatel porque não registrou os piores índices em nenhum estado.

Foram interrompidas as vendas de chips para serviços de voz e de dados (internet). Para voltar a liberá-las, a Anatel e o Ministério das Comunicações exigiram das empresas que apresentassem planos de investimentos para solucionar os problemas na rede de telefonia móvel.

Na semana passada, representantes de TIM, Oi e Claro levaram seus planos à agência. Esses documentos devem ficar disponíveis no site da Anatel para que a população possa acompanhar o cumprimento das metas pelas operadoras.
Investimentos
De acordo com o presidente da Anatel, João Rezende, as teles apresentaram planos de investimentos que somam R$ 20 bilhões nos próximos dois anos. Desse total, disse ele, cerca de R$ 4 bilhões foram provocados pela suspensão da venda de chips, seja em investimentos adicionais anunciados, antecipação ou remanejamento de investimentos.

A TIM informou que pretende aplicar R$ 8,2 bilhões. A Claro apresentou intenção de gastar outros R$ 6,3 bilhões. Já a Oi vai investir R$ 5,5 bilhões em sua rede.

Essas verbas devem ser gastas, principalmente, no aumento do número de antenas de telefonia celular, em equipamentos para elevar a taxa de transmissão de dados e também no aprimoramento do atendimento aos clientes.

Fiscalização
O presidente da Anatel afirmou que as empresas se comprometeram a cumprir metas trimestrais de melhoria em suas redes e seus serviços. E que, portanto, a cada três meses, a agência vai fiscalizar o cumprimento dos planos em cada um dos estados. A primeira averiguação vai ser em novembro.

Segundo ele, serão avaliadas melhorias em pontos como taxa de acesso às redes de voz e dados; taxa de queda de chamadas de voz e de conexões de internet móvel; taxa de reclamações de clientes às operadoras e à Anatel; além do índice de interrupção do serviço celular (quantidade, duração e causas).

Caso as metas não seja cumpridas, a Anatel poderá adotar novas medidas contra as operadoras e até mesmo determinar nova suspensão de venda de chips.

Rezende apontou que as melhorias não vão acontecer “da noite para o dia.” Ele disse, porém, que a expectativa da Anatel é que os clientes já possam sentir os avanços nesses serviços dentro de quatro a seis meses.

“Vamos fazer um acompanhamento bastante fino para não permitir que a situação volte a ficar como antes da medida cautelar [que suspendeu a venda de chips]”, disse o presidente da Anatel.
Para Rezende, os planos de investimento apresentados pelas empresas são "satisfatórios nesse primeiro momento". Ele negou que tenha havido pressão das teles ou do governo para apressar a liberação da venda por conta do Dia dos Pais.

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