Um design
que virou padrão
Detalhes do design do iPhone são copiados por muitas fabricantes ainda
hoje (Foto: Allan Melo / TechTudo)
Uma das grandes marcas deixada pelo iPhone foi a idealização do seu desenho como o básico dos smartphones. Com uma aparência moderna e elegante ao mesmo tempo, somado a tamanho e espessuras ideais para o conforto do usuário, o design do modelo ditou a moda de todos os vários aparelhos que viriam em seguida. Até mesmo a tendência atual de testar novos tamanhos, formas e cores vem de uma preocupação de se afastar do desenho do iPhone.
A aparência do celular foi tão acertada que a Apple se utiliza praticamente do mesmo
design até hoje, em todas as gerações do smartphone, só alterando pequenos
detalhes. E, como não podia deixar de ser, os concorrentes também adoram
copiar...
O fim das
canetas stylus
A chegada do iPhone não impressionou pela presença da Internet Wi-Fi ou
de um sistema operacional próprio, pois tais funções já existiam até nos
chamados palmtops e nos aparelhos BlackBerry. O grande atrativo do
smartphone era a presença de uma tela multi-touch que ocupava quase toda a
frente do modelo e recebia comandos diretamente dos dedos, sem a necessidade de
uma caneta stylus.
O iPhone chegou a fazer as canetas Stylus sumirem do mercado por um
tempo (Foto: Allan Melo / TechTudo)
"Ninguém quer uma stylus. Você tem que pegá-la, guardá-la, pode perdê-la... Não. Nós vamos usar o melhor acessório de apontar do mundo, e todos nós já nascemos com 10 deles. Nós vamos usar nossos dedos", disse Steve Jobs durante o keynote de apresentação do primeiro iPhone, em janeiro de 2007.
Claro que o aparelho trazia muitas outras inovações que na eram época
incríveis, como o sensor gravitacional e a interação com o Google Maps. Mas a
função do iPhone que viria a ser a mais revolucionária para o progresso dos
smartphones só viria depois, e fora do controle de Steve Jobs...
O surgimento dos aplicativos
O primeiro modelo do iPhone, por incrível que pareça, não contava com os
aplicativos, hoje tão comuns até nos celulares mais simples. Até tinha alguns
recursos, como calendário e mp3 player, mas nada parecido
com a atual variedade de programas. No entanto, ao contrário do que pode se
pensar, a ideia de encher o smartphone de programinhas de diversos tipos não
veio de Jobs, nem de qualquer executivo da Apple. Ela surgiu de uma iniciativa
dos hackers.
A disponibilidade de aplicativos é um dos requisitos básicos para
definir se um celular é ou não um smartphone (Foto: Allan Melo / TechTudo)
Quando o iPhone se popularizou, muitos usuários perceberam que aquele era muito mais que um telefone misturado com iPod e com acesso à Internet. O aparelho era praticamente um computador de mão, com sistema operacional complexo e muitas capacidades. Assim, os programadores começaram a desenvolver alguns programas específicos para o celular da Apple. O porém é que, por ter uma plataforma fechada, só era possíveis instalar tais apps quando o sistema do iPhone era desbloqueado, ou seja, sofria um jailbreak.
Os executivos da Apple, obviamente, não iam deixar uma ideia tão boa
passar em branco. Assim, em 2008, a companhia da maçã lançou loja de
aplicativos App Store, integrada à loja de músicas virtuais iTunes, e passou a
incentivar desenvolvedores a criarem programas próprios para o telefone. A
prática de baixar apps de terceiros, então, só veio a se popularizar mesmo com
a chegada do iPhone 3G, modelo que contava com um atalho para a App Store e
ainda possuía, pela primeira vez, a conexão móvel por pacote de dados, o 3G.
O celular
substitui a máquina fotográfica
As câmeras compactas aos poucos foram substituídas pelas versões
integradas nos celulares. Não faz mais sentido levar um aparelho extra para
tirar fotos, já que é possível fazer ótimas imagens usando o próprio celular.
No site de compartilhamento de fotografias Flickr, por exemplo, os smartphones
têm tanto destaque quanto as câmeras profissionais de marcas renomadas. O
iPhone vai além, e hoje figura entre os dispositivos mais utilizados para fazer
fotografias. Mas nem sempre foi assim.
O mercado de compactas sofreu com a adoção de câmera em smartphones
(Foto: Allan Melo / TechTudo)
Em 2007, quando foi lançado o primeiro modelo do smartphone da Apple, não foi dada muita importância para a câmera do aparelho. Steve Jobs preferia investir muito mais em novas funções para o celular do que em uma câmera avançada. Ainda assim, o iPhone original chegou às lojas com uma câmera de 2 megapixels, que não fazia grandes fotos, mas marcava sua presença no aparelho e começou a ganhar o interesse dos usuários.
Atualmente, a câmera é parte fundamental de qualquer smartphone, e
alguns dos aplicativos mais populares são justamente os que tratam e
compartilham imagens, como o Instagram e o Pinterest. Se antes os anúncios da
Apple divulgando seus celulares não davam muito destaque à câmera, hoje é fácil
perceber que isso mudou, já que o sensor de 8 megapixels é um dos maiores
chamarizes do iPhone 4S.
Conversando com o celular
Lançado em 2011, o iPhone 4S chegou como uma versão perfeita do celular
da Apple: contava com especificações top de linha, tela Retina com imagens
impressionantes e, o mais importante, com a marca do smartphone mais popular do
mundo. Porém, a inovação que mais marcou o modelo foi a inclusão de um
assistente pessoal virtual que obedece os comandos do usuário por meio da voz:
a Siri.
A função não é só capaz de responder perguntas objetivas, como
"quais os melhores restaurantes deste local?", ou comandos diretos
como "ligue para alguém". Ela também tem a capacidade de interagir
com mensagens mais pessoais, como "Eu te amo", por exemplo,
transformando o smartphone em um verdadeiro companheiro.
As utilidades e a curiosidade de se ter um assistente virtual no
telefone atingiu os demais modelos de celular também, e outros aplicativos
semelhantes já foram desenvolvidos pelas empresas concorrentes para levar
recursos parecidos com o Siri aos sistemas Android e Windows Phone. É possível
afirmar até que a existência de um assistente virtual já seja uma função
obrigatória em qualquer novo smartphone top de linha que possa vir a surgir no
mercado.
A legião
de fãs do iPhone
Fila de fãs para comprar o iPhone no dia do lançamento (Foto:
Reprodução/Cnet)
Como havia premeditado Steve Jobs na apresentação do primeiro modelo do iPhone, o aparelho revolucionou a indústria dos celulares. O que é surpreendente, porém, é a quantidade de fãs incondicionais que o aparelho angariou. A cada novo modelo lançado, filas enormes são formadas na porta das Apple Stores, repletas de usuários que necessitam ter os aparelhos antes de todos.
Essa devoção só fica mais forte com a chegada de outros membros da
família iOS, como o iPad e a Apple TV. A empresa da
maçã vem juntando fãs que compram todos os seus produtos e ainda os defendem
ferrenhamente contra qualquer concorrente.
A cada nova notícia a respeito do próximo iPhone, não só estes
entusiastas, mas qualquer um ligado em tecnologia fica atento para saber qual é
a próxima grande inovação com a qual a Apple vai surgir.